domingo, 8 de junho de 2008


1908
- Casal de atores Átila e Conchita de Moraes em excursão com a companhia de Francisco Santos pelo interior do RJ.
- Conchita da à luz a Dulcina de Moraes, em 03 de fev., em Valença Rio de Janeiro.
- O nome é uma homenagem a sua avó materna Dulcina de Los Rios Vallina, que também era atriz.
Com apenas um mês de vida, Dulcina já estava em cena, no lugar de uma boneca que ocupava o berço utilizado na peça.
Dulcina estréia profissionalmente aos 15 anos no espetáculo “Travessuras de Berta” pela companhia Brasileira de Comédia no Teatro Trianon.

1925
- É contratada pela companhia Leopoldo Fróes, uma das mais importantes da época, como Jeannine papel principal de Lua Cheia, de André Birabeau.
...Essa estréia (...) nos leva a prognosticar um belo futuro a Mlle. Dulcina de Moraes, que conseguiu dar ao nosso meio artístico uma admirável emoção, como há muitos anos não tínhamos – a duma revelação em teatro... (Brício de Abreu, crítico da época).
-1926: Segue com a companhia de Leopoldo Fróes para temporada de sucesso na Argentina e no Uruguai.

1930
4 de julho: casa-se com o ator e escritor Odilon Azevedo.
1934
Funda com o marido a Companhia Teatral Ducina-Odilon. Que irá inovar nos seus trabalhos ao eliminar o ponto e instituir o descanso semanal para os artistas.

1937 – Viaja com o marido para os EUA e faz tour pelos teatros.

1939 - recebe a medalha do mérito da Associação Brasileira de Críticos Teatrais, ABCT, como melhor atriz do ano pelo conjunto de trabalhos.
1941 – Estréia o único filme de sua carreira “24 horas de sonho” de Chianca de Garcia, contracena com Oscarito, Odilon Azevedo, Átila e Conchita de Moraes.

“Glória, orgulho, vaidade e sucesso! Muito bem. Que coisa linda, não é? Só que tudo isso não foi importante para a Dulcina; para ela, nada disso existiu! O que existe e sempre existiu foi o prazer da criação.”

1944 – estréia a primeira montagem brasileira de Bodas de Sangue de Garcia Lorca.
Entre 1944 e 1947 – Dirigi as Temporadas Oficiais do Teatro Municipal do RJ levando aos palcos textos de Bernard Shaw, Giraudoux e outros.

1945 - Estréia CHUVA, adaptação do romance de Somerset Maugham. Dulcina se eternizou no papel de Sadie Thompson, considerado pela crítica como um dos melhores da carreira da atriz.
1949 – Prêmio ABCT – melhor direção por Mulheres, de Claire Boothe
1951 – A companhia faz temporada em Portugal, destaque para o espetáculo Chuva.
1953 – Interpreta Olívia Dobrowski em “Vivendo em Pecado” de Terence Rattigan.

1954 – Cria a Associação Brasileira de Teatro (ABT) no RJ.
1955 – Cria a Fundação Brasileira de Teatro no RJ.
1957 – A FBT realiza o I Festival Nacional de Teatro Amador
1959 – Realiza o I Congresso Brasileiro de Ensino de Teatro.
1966 – Morre o marido, colega e grande companheiro Odilon Azevedo.

“Não é o teatro de hoje que é diferente do teatro de ontem. A vida de hoje é que é diferente da vida de ontem. E o teatro sempre foi e será um documentário vivo dos problemas humanos e sociais de cada época...”

1972 – Transfere a FBT para Brasília e muda-se para a cidade.

“Eu amo Brasília (...) Eu senti que havia tanta força aqui! Tanta! Enfim, tanto que criar, que realizar! Era um mundo que estava começando. Foi o que eu senti: vontade de estar ali, poder começar com ele. Não recomeçar. Começar.”

21 de abril de 1980 – inaugura o Teatro Dulcina em Brasília.
1981 – Volta aos palcos e ao RJ em O Melhor dos Pecados, de Sérgio Viotti, escrito especialmente para a atriz e dirigido por Bibi Ferreira. Dulcina recebe o Prêmio Moliére Especial e é aclamada pelo público e a crítica.
1981 – Inaugura a Faculdade de Artes Dulcina de Moraes.
1983 – Dirigi e atua em Bodas de Sangue com turma de alunos da FADM.

“Eu não dou aula para formar atores. É para muito mais do que apenas isso. É para criar a mentalidade da dignidade da nossa arte.”

28-08-1996 – Dulcina “viajou”(forma como se referia a morte) numa tarde de agosto no Hospital Regional da Asa Norte ao contrair pneumonia após ser operada de uma crise de diverticulite,

“Sempre vivi do teatro, no teatro, com o teatro e para o teatro.”